Ilhas Galápagos, conheça a flora e a fauna singulares do arquipélago equatoriano

Ainda do avião, quando a ilha Santa Cruz se aproxima, já é possível avistar a imensidão do Oceano Pacífico. Durante o voo, os turistas estranham os comissários de bordo jogando uma espécie de aerossol para matar possíveis insetos que estejam viajando com os passageiros. O cuidado é para que não venham insetos de outros continentes para o arquipélago, pois Galápagos é um local onde as espécies vivas chegaram sem interferência humana.

Há 4 correntes oceânicas que se unem às ilhas e concentram muitos nutrientes, como o plâncton, uma fonte de alimento que chega a atrair milhares de espécies de animais para a região.

Ao sair do avião, já é possível avistar a vegetação local, com diversos cactos em volta da pista de pouso. O idioma é o espanhol, e quando avistamos os primeiros nativos, logo de cara sabemos que a viagem será hospitaleira.

Contato com os animais é frequente em Galápagos / Crédito: Ministério do Turismo do Equador

Contato com os animais é frequente em Galápagos / Crédito: Ministério do Turismo do Equador

Galápagos é uma opção de viagem para quem gosta de animais e lugares exóticos. O arquipélago é um dos principais pulmões do mundo e abriga espécies únicas. Pertencente ao Equador, é formado por cinquenta ilhas vulcânicas. As principais são: Pinta, Isabela, Fernandina, Rábida, Santiago, Pinzón, Santa Cruz, Bartolomé, Baltra, Santa Fé, São Cristovão, Floreana e Espanhola.

O arquipélago fica a 970 quilômetros da costa continental equatoriana. Tem aproximadamente 2 milhões de anos e é formado por pequenos vulcões. Durante séculos, foi apenas parada de navegadores e piratas, sendo descoberta de fato apenas em 1532.

Estrada da Estação Científica Charles Darwin / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Estrada da Estação Científica Charles Darwin / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Lojas de artesanato em Galápagos / Crédito: Ministério do Turismo do Equador

Lojas de artesanato em Galápagos / Crédito: Ministério do Turismo do Equador

A Unesco declarou as Ilhas Galápagos como Patrimônio Natural da Humanidade em 1979, e em 1998, foi implantada uma lei que protege o local de qualquer danificação. Os morados da ilha fazem jus a essa proteção. Tanto que 97% das ilhas são representadas pelo Parque Nacional de Galápagos e apenas 3% correspondem a propriedades privadas. Ninguém mora ou fica mais de 3 meses sem autorização prévia do governo equatoriano. O governo do país também restringe o número de turistas para apenas 150 mil por ano.

Os turistas também devem respeitar as exigências de proteção. Não é permitido levar lembrancinhas como conchinhas das praias, pedrinhas diferentes, folhas ou qualquer objeto retirado da natureza para casa.

As Ilhas se tornaram famosas em razão da Teoria da Evolução das Espécies de Charles Darwin, e é nítido para quem visita perceber essa biodiversidade. Há cinquenta e seis espécies que só existem ali e vinte e três estão ameaçadas de extinção. O maior atrativo de Galápagos, sem dúvida, é o seu ecossistema farto.

O mais interessante é que Galápagos é um dos únicos lugares do mundo onde é possível ter uma aproximação com os animais. Eles se sentem tão acolhidos no arquipélago que toleram muito facilmente a aproximação humana, até mesmo os pássaros. Lá, é possível encontrar espécies raras, como as famosas tartarugas-gigantes centenárias da Ilha Santa Cruz, iguanas-marinhas e terrestres, os piqueros de patas azuis, pássaros típicos da região e belos leões-marinhos que tomam sol na areia da praia e, de vez em quando, cruzam os vilarejos da ilha para perto dos turistas.

 Filhote de Leão Marinho com três semanas na Ilha Espanhola / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Filhote de Leão Marinho com três semanas na Ilha Espanhola / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Como as ilhas são preservadas, assim que o turista chega ao aeroporto da Ilha Santa Cruz, é necessário pagar uma taxa de U$100 por pessoa. Turistas de países participantes do Mercosul, como o Brasil, pagam U$50, e crianças de até 12 anos pagam U$25.

Depois de pagar as taxas, a opção é seguir para o centro da Ilha Santa Cruz para visitar a Estação Científica Charles Darwin próxima ao Centro de Criação Fausto Llerena. Lá, é possível observar as tartarugas gigantes de Galápagos e iguanas marinhas e terrestres que caminham entre as passarelas da estação. Era nesse parque que morava o “Solitário George”, a tartaruga mais famosa do mundo que morreu em 2012. A morte da tartaruga, por causas naturais, ocorreu após 3 décadas de esforços para que ela se reproduzisse, o que a transformou em um símbolo da luta pela preservação da fauna. As tartarugas gigantes podem viver até 180 anos, pesar cerca de 400 quilos e medir 1,80 metros. Ela será embalsamada e exposta em um museu que vai ser construído no local em que viveu desde 1971, quando foi descoberta.

Turista fotografa tartaturas gigantes na Ilha Santa Cruz / Crédito: Ministério do Turismo do Equador

Turista fotografa tartaturas gigantes na Ilha Santa Cruz / Crédito: Ministério do Turismo do Equador

No Centro, o turista pode avistar o cativeiro de 3 tipos de espécies de tartaruga-gigante. Elas ficam até os 5 anos de idade em cativeiro e depois voltam para o habitat natural.

Diego, tartaruga gigante no Parque Nacional de Galápagos / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Diego, tartaruga gigante no Parque Nacional de Galápagos / Crédito: Ana Elisa Teixeira

A ilha Santa Cruz também tem opção de compras. Próximo ao Parque, há um calçadão com lojinhas e artesanato local. Ao caminhar pela Avenida Charles Darwin, vale a pena parar nas lojas e comprar bichos de cerâmica, vidro, pelúcia e outros souvenirs, os quais certamente só são encontrados no arquipélago.

Ilhas Galápagos / Crédito: Divulgação

Ilhas Galápagos / Crédito: Divulgação

A ilha é a mais povoada do arquipélago e contém uma vasta opção de restaurantes, bares e até algumas pequenas casas noturnas. Sua formação vulcânica tem um túnel que se formou com a passagem de lava há anos. Uma bela experiência para quem nunca viu algo do tipo.

Transporte até as ilhas / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Transporte até as ilhas / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Percorrendo as ilhas…

Comece visitando o maior cartão postal do arquipélago, na Ilha Bartolomé, que se destaca por suas formas vulcânicas. É possível avistar o caminho das lavas de milhares de anos atrás.

Formações vulcânicas / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Formações vulcânicas / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Ao chegar à ilha, caminhe entre os vulcões e, no topo, aprecie a vista da Roca, próxima aos dois lados do mar, que se intercalam em tons de azul e verde, e as montanhas vulcânicas, que só podem ser encontradas na ilha Bartolomé.

Cores e contraste da Ilha Bartolomé / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Cores e contraste da Ilha Bartolomé / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Aproveite para curtir a praia ao lado da Roca, tomar banho de mar e esperar a visita dos amigos leões-marinhos e possíveis pinguins. A temperatura da água é de 19 C. Para os que se aventurarem a mergulhar, vale a pena o snorkel. A água é tão cristalina que dá para avistar cerca de vinte metros abaixo.

Praia da Roca / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Praia da Roca / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Peixes coloridos, corais e estrelas do mar estão por toda parte. Se nadar um pouco mais, é possível encontrar o tubarão-baleia e tartarugas-marinhas. Ao todo, são setenta pontos de mergulho para o turista explorar a vida marinha da região.

Ilha Bartolomé / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Ilha Bartolomé / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Ilha Bartolomé / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Ilha Bartolomé / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Moradia de grandes espécies

A ilha Espanhola tem uma característica um pouco diferente das demais. De um lado, areia branca e fofa, mar azul turquesa e grande presença de leões-marinhos e seus filhotes descansando na areia. Do outro, rochas vulcânicas cobertas de fezes brancas de diversos pássaros. Parecem neve! As pedras ficam repletas de pássaros exóticos, como os boobies ou piqueros de patas azuis, os albatrozes de Galápagos e o Piqueros de Nazca, que também podem ser encontrados no Peru. A ilha é o habitat natural de vinte espécies de animais raros.

Leões marinhos na Ilha Espanhola / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Leões marinhos na Ilha Espanhola / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Visitar a ilha Espanhola é ideal para explorar a fauna rara do arquiélago, já que é possível ficar a menos de 2m dos pássaros, filhotes de leões-marinhos, iguanas e outros animais. Se fizer snorkel próximo à praia, é quase certo avistar tartarugas marinhas!

Iguana, Leão marinho e filhote / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Iguana, Leão marinho e filhote / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Leões marinhos na Ilha Espanhola / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Leões marinhos na Ilha Espanhola / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Outro atrativo são os sopradores naturais que funcionam em cerca de segundos e encantam os turistas que passeiam pela ilha. Além da bela vista, composta pelo mar, há montanhas vulcânicas, sopradores e pássaros no céu.

Sopradores na ilha Espanhola / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Sopradores na ilha Espanhola / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Ana Elisa Teixira Viagens e Rotas / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Ana Elisa Teixira Viagens e Rotas / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Não deixe de visitar a ilha Rábida, super frequentada por famílias de leões-marinhos. Vale estender uma toalha na praia e tomar sol bem próximo a eles.

Leões marinhos na Ilha Rábida / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Leões marinhos na Ilha Rábida / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Final de tarde junto aos leões marinhos na Ilha Rábida / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Final de tarde junto aos leões marinhos na Ilha Rábida / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Sua forma composta por rochas vulcânicas deixou a areia da praia avermelhada. O contraste da vegetação é tão belo que dá vontade de pintar um quadro!

Ilha Rábida / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Ilha Rábida / Crédito: Ana Elisa Teixeira

A maior ilha é a Isabela, que conta com 5 caldeiras (cratera de um vulcão extinto, que entrou em colapso). A grande atração são os flamingos que, em certas épocas do ano, formam um contraste entre o azul do céu e suas plumas rosa.

 Turistas chegam na Ilha Espanhola / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Turistas chegam na Ilha Espanhola / Crédito: Ana Elisa Teixeira

 Piqueros de patas azuis em Galápagos - / Crédito: Ministério do Turismo do Equador

Piqueros de patas azuis em Galápagos – / Crédito: Ministério do Turismo do Equador

Roca Pinácolo em contraste com o oceano / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Roca Pinácolo em contraste com o oceano / Crédito: Ana Elisa Teixeira

O arquipélago conta ainda com a Ilha Seymor Norte, lar de fragatas e gaivotas de rabo bifurcado, a pequena Ilha Ferdinanda, que costuma receber a visita de baleias, e a Ilha Floreana, que tem o mais antigo correio das Américas, datado de 1792.

No fim, fica a pergunta: “Por que visitar Galápagos?”. A resposta só fica clara no final da viagem, pois é impossível não se encantar com a aproximação de animais tão exóticos! A verdade é que Charles Darwin escolheu este lugar porque sabia que era especial…

Serviços

Site oficial: www.turismo.gob.ec e www.ecuador.travel
Moeda- Dólar americano (US$).
Fuso – – 2h
Voltagem- 220 V
Visto- Os brasileiros não precisam de visto, mas é necessário passaporte.
Melhor época- É quente e seco quase o ano todo, com exceção dos meses de dezembro a março, época das chuvas. As temperaturas variam entre 20 e 31 C, por isso, o melhor período para mergulhar é de junho a setembro, quando há oportunidade de ver mais animais.

Como chegar – A Tame (www.awtsagroup.com) viaja de São Paulo para Guayaquil-Quito. De Guayaquil para Galápagos, a companhia tem tarifas a partir de US$205 por pessoa.

A Copa Airlines (www.copaair.com) voa diariamente de São Paulo para Quito e Guayaquil com conexão na Cidade do Panam. Tarifas a partir de R$ 2.290 ida e volta. Chegando em Quito ou Guayaquil, é necessário pegar outro voo para Galápagos.

Onde comer-  Aqualarre – fica na estrada da Ilha Santa Cruz e conta com um ambiente familiar e acolhedor. Os pratos variam de frangos a pescados e podem ser apreciados ao som de música ambiente. Preços a partir de US$30.

Revisão de Texto – Fabíola Peleias

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