Intercâmbio em tempos de crise

O dólar subiu e estou com planos de fazer um intercâmbio. E agora? Calma, nem tudo está perdido. De fato, a constante alta da moeda americana, que acaba afetando as demais moedas, assusta quem está planejando uma viagem para o exterior, seja a turismo ou para um intercâmbio. Mas há maneiras de contornar essa situação e realizar a tão sonhada viagem.

A palavra-chave é planejamento. Uma dose de flexibilidade também é bem-vinda. Se viajar para o Reino Unido, cuja moeda passa dos R$ 4,00, ou mesmo para os EUA, onde o dólar vem encostando nos R$ 3,00, ficou inviável, países como Canadá e Austrália, apesar de também não terem escapado da alta do dólar, podem ser uma alternativa. Suas moedas – dólar canadense e australiano –, que vem fechando na casa dos R$ 2,30 a R$ 2,40 nos últimos dias, certamente farão diferença no valor final em real dos pacotes. Isso, claro, para os interessados em intercâmbio do idioma inglês (ou francês, no caso do Canadá).

Não é preciso ter todo o valor da viagem de uma só vez, a não ser quem vai viajar num curto espaço de tempo. Mas, quando se planeja com antecedência, tem-se tempo para economizar o valor final do que é esperado gastar com uma viagem. É interessante levantar cotações antecipadamente para se ter uma ideia do gasto total e, a partir daí, iniciar o planejamento da viagem. Nós, brasileiros, temos o costume de usar o bom e velho parcelamento, principalmente em casos de valores mais altos. Um pacote de intercâmbio de um mês para o Canadá, por exemplo, com curso, material, taxas, seguro e acomodação inclusos, fica em torno de R$ 5.500,00. Se planejado com antecedência, esse valor pode ser parcelado, muitas vezes em até 12 vezes, dependendo da agência contratada. Por isso, planejar com antecedência – seja para ir economizando o valor do pacote ou para já ir parcelando-o – é uma opção que não pesará tanto no bolso dos futuros intercambistas. Além disso, como a oscilação do câmbio é quase sempre imprevisível para a maioria de nós, o ideal é ir comprando a moeda que será levada na viagem pouco a pouco, para garantir as melhores cotações possíveis e não deixar para comprar tudo de uma vez, correndo o risco de pagar um câmbio muito mais alto.

Com relação à época da viagem, há maneiras de economizar quanto a isso também. Julho é um mês de altíssima temporada no mercado do turismo. Isso porque é o auge do verão no hemisfério norte, época de férias escolares por lá e de recesso escolar aqui no Brasil também. Portanto, é uma das épocas em que as passagens aéreas estão com valores mais altos, o que certamente influenciará o orçamento final da viagem. Viagens próximas às festas de final de ano e início de janeiro também podem ser mais caras, devido ao volume de pessoas viajando nessa época, tanto por conta das férias escolares no Brasil quanto pelo recesso que muitas pessoas conseguem em seus respectivos empregos. Quem tiver condição de escolher outros meses para viajar, vai economizar, sem sombra de dúvidas. Períodos entre março e maio ou agosto e outubro são boas opções.

Ficam aqui, portanto, as nossas dicas para manter os planos da tão sonhada viagem de intercâmbio, mesmo em tempos de alta no dólar. Vale lembrar que planejamento com antecedência é o X da questão. 😉

Mês que vem estou de volta, com mais curiosidades, informações interessantes e dicas de viagens de intercâmbio. Até a próxima coluna, ou o próximo destino. 

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Ana Paula Perovano é jornalista e sócia-proprietária da 4you Educational Consultancy, uma consultoria em intercâmbios especializada em Canadá, que também trabalha com cursos para os EUA e Inglaterra.
Quer falar com ela? É só mandar e-mail para aperovano@4youeducational.com.
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