O que fazer em 3 dias em Ouro Preto (Minas Gerais)

Ouro Preto, primeira cidade tombada como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO no Brasil, foi visitada por todos, algumas vezes, através da literatura com as obras da época do Arcadismo e os poemas líricos de Marília de Dirceu do poeta Tomás Antônio Gonzaga.

Ouro Preto encanta com suas igrejas, casarões em estilo colonial, ruelas estreitas, incansáveis ladeiras de paralelepípedos que fazem os turistas voltarem ao século 18, relembrando e apreciando obras da arquitetura barroca em cada esquina da cidade.

Ruelas de Ouro Preto /Crédito: Alexandre Scarpa

Ruelas de Ouro Preto /Crédito: Alexandre Scarpa

A cidade, que é um museu a céu aberto, oferece, entre tantas atrações turísticas, museus, igrejas — 13 na área urbana, grutas e minas de ouro a serem visitadas.

Reserve um dia para visitar as Igrejas

A influência do Catolicismo junto a época que o ouro estava em destaque na extinta Vila Rica, hoje Ouro Preto, pode ser notado nas 13 igrejas principais da cidade, com obras de arte barrocas de artistas célebres como o Aleijadinho. A Igreja Matriz Nossa Senhora do Pilar é a terceira com mais ouro do Brasil, atrás somente da Igreja de São Francisco em Salvador (BA) e Igreja Matriz de Santo Antônio em Tiradentes (MG).

Matriz Nossa Senhora do Pillar /Crédito: Alexandre Scarpa

Matriz Nossa Senhora do Pillar /Crédito: Alexandre Scarpa

As igrejas são abertas para visitação e é cobrada uma taxa para manutenção e preservação de R$10, sendo que estudante paga R$5. Em algumas delas acontecem missas e celebrações religiosas em alguns dias da semana.

Para visitar as igrejas é necessário ter dinheiro vivo, então prepare os bolsos para se encher de cultura e mergulhar nesses momentos únicos da história do Brasil.

Principais igrejas: Matriz Nossa Senhora do Pilar, Nossa Senhora do Carmo, Nossa Senhora do Rosário, São Francisco de Assis (grande obra de Aleijadinho e que fica em um local de destaque na cidade), Nossa Senhora do Rosário, Santa Efigênia e de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos (com um estilo diferente e clássico, com muitas obras em madeira) e a Matriz Nossa Senhora da Conceição, construída entre 1727 a 1746, com projeto de Manuel Francisco Lisboa, pai de Aleijadinho. Tanto ele quanto o pai estão enterrados na igreja, mas no momento ela está em processo de restauração e não está aberta para visitação.

Igreja São Francisco de Assis /Crédito: Alexandre Scarpa

Igreja São Francisco de Assis /Crédito: Alexandre Scarpa

Igreja Nossa Senhora do Rosário  /Crédito: Ana Elisa Teixeira

Igreja Nossa Senhora do Rosário /Crédito: Ana Elisa Teixeira

Santa Efigênia dos Pretos /Crédito: Ana Elisa Teixeira

Santa Efigênia dos Pretos /Crédito: Ana Elisa Teixeira

Um dia nas minas

Visitamos duas minas em Ouro Preto com propostas diferentes de extração de ouro no século 18. A Mina du Veloso aberta há 10 meses após um pesquisador da UFOP comprá-la e usá-la para pesquisas sobre a inteligência africana no processo de extração do ouro na região. Até agora a mina já recebeu mais de 11 mil visitantes que visitam Ouro Preto para conhecer toda uma história vivida nessa cidade.

Mina du Veloso /Crédito: Alexandre Scarpa

Mina du Veloso /Crédito: Alexandre Scarpa

Mina du Veloso  /Crédito: Alexandre Scarpa

Mina du Veloso /Crédito: Alexandre Scarpa

Na Mina du Veloso há 300 metros de visitação e o teto é arqueado para que não tenha desabamento da estrutura e criar uma sustentação. Há lá dentro poços de água com profundidade de 4 a 5 metros que é uma observação muito interessante.

Segundo o guia, faz de 170 a 200 anos que o processo de tiragem do ouro foi interrompido. Lá o ouro era tirado em pó em meio ao quartzo. Nessa mina houve trabalho escravo que passou por 4 gerações com homens trabalhando de 9 a 25 anos de idade. A entrada na mina custa R$25 por pessoa e funciona todos os dias das 9h às 19h. Sob agendamento é possível fazer visita noturna.

Mina du Veloso em Ouro Preto  /Crédito: Alexandre Scarpa

Mina du Veloso em Ouro Preto /Crédito: Alexandre Scarpa

Guia explica sobre a mina  /Crédito: Alexandre Scarpa

Guia explica sobre a mina /Crédito: Alexandre Scarpa

Fachada da Mina du Veloso  /Crédito: Alexandre Scarpa

Fachada da Mina du Veloso /Crédito: Alexandre Scarpa

Outra mina que visitamos foi a Mina da Passagem que fica na estrada entre Ouro Preto e Mariana e conta com 120 metros de altura e 40 metros de extensão. Com tecnologia dos Ingleses da época da Revolução Industrial, a mina é mais industrializada e foi desativada em 1985. Começou a ser explorada em 1827 com o trabalho escravo, e depois passou a ter trabalho assalariado, já que faz parte de uma propriedade privada. O preço de entrada na mina é de R$39 por pessoa, criança paga R$31. O turista desce como se fosse um dos sete anões em um carrinho de madeira. (Sim, muito nostálgico). Na ocasião pegamos uma fila de 3 horas de espera embaixo de um Sol de rachar e sem muita estrutura de conforto.

Mina da Passagem /Crédito: Ana Elisa Teixeira

Mina da Passagem /Crédito: Ana Elisa Teixeira

Rumo a mina da passagem  /Crédito: Ana Elisa Teixeira

Rumo a mina da passagem /Crédito: Ana Elisa Teixeira

Interior da Mina da Passagem /Crédito: Ana Elisa Teixeira

Interior da Mina da Passagem /Crédito: Ana Elisa Teixeira

Interior da Mina da Passagem  /Crédito: Alexandre Scarpa

Interior da Mina da Passagem /Crédito: Alexandre Scarpa

Espaço para mergulho na Mina da Passagem  /Crédito: Alexandre Scarpa

Espaço para mergulho na Mina da Passagem /Crédito: Alexandre Scarpa

Uma tarde nos museus

Existem três museus que valem a visitação em Ouro Preto: Museu dos Inconfidentes que conta a história desse período crucial da história do Brasil, aonde é possível ver até parte da forca onde foi morto Tiradentes. Há também uma sala com restos mortais de grande parte dos inconfidentes, como o de Tomás Antônio Gonzaga que faleceu em Moçambique após exílio em razão de sua participação no processo. O preço de entrada do museu é R$7 e funciona de terça a domingo das 12h às 17h.

Museu da Inconfidência  /Crédito: Alexandre Scarpa

Museu da Inconfidência /Crédito: Alexandre Scarpa

O Museu de Ciência e Técnica que faz parte da Universidade Federal de Ouro Preto, pode-se destacar o acervo com mais ou menos 15 mil pedras preciosas de vários lugares do mundo, com destaque para as encontradas em Ouro Preto. A entrada custa R$6 e estudante paga meia.

Um pulo na Casa dos Contos também é parada obrigatória. Com entrada gratuita, é possível visitar a casa até as 15h e ver todas as moedas que passaram pela história do Brasil. Podemos destacar a senzala no subsolo da casa com diversos itens originais datados da época da escravidão no Brasil.

Casa dos Contos /Crédito: Alexandre Scarpa

Casa dos Contos /Crédito: Alexandre Scarpa

Centro de Ouro Preto/Crédito: Alexandre Scarpa

Centro de Ouro Preto/Crédito: Alexandre Scarpa

Casa dos Contos /Crédito: Alexandre Scarpa

Casa dos Contos /Crédito: Alexandre Scarpa

Reserve uma tarde para passear pela cidade

Como dissemos anteriormente, a cidade é um museu a céu aberto, então nada melhor do que longas caminhadas — de tênis, com água a tira colo e muita disposição — entre as ladeiras de paralelepípedos. Observe os casarões, tome um café pelo centro, compre pedras preciosas em uma das tantas lojinhas e claro, dê uma passada na feira de artesanato em Pedra Sabão que fica em frente à Igreja São Francisco de Assis. Os preços variam de R$20 a R$600 reais e você pode comprar vasos, relógios, esculturas belíssimas, porta joias, porta retratos e tantos outros mimos úteis para levar para casa um pedacinho da bela Ouro Preto.

Artesanato em Pedra Sabão /Crédito: Ana Elisa Teixeira

Artesanato em Pedra Sabão /Crédito: Ana Elisa Teixeira

Coreto na Estação de Trem /Crédito: Ana Elisa Teixeira

Coreto na Estação de Trem /Crédito: Ana Elisa Teixeira

Feira de Pedra Sabão e Igreja São Francisco de Assis /Crédito: Ana Elisa Teixeira

Feira de Pedra Sabão e Igreja São Francisco de Assis /Crédito: Ana Elisa Teixeira

Mimos para levar para casa  /Crédito: Alexandre Scarpa

Mimos para levar para casa /Crédito: Alexandre Scarpa

Trabalho na pedra sabão  /Crédito: Alexandre Scarpa

Trabalho na pedra sabão /Crédito: Alexandre Scarpa

Vasos em Ouro Preto /Crédito: Alexandre Scarpa

Vasos em Ouro Preto /Crédito: Alexandre Scarpa

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