Chegou a hora de rotular aquele viajante…

Rotular, rotular e rotular. Será que existe uma maneira mais fácil de viver e ser feliz sem que tenhamos que colocar rótulos em tudo que vemos e, consequentemente, em todas as pessoas que convivemos?

Cheguei à conclusão que adoro ler artigos que falam de viagens, lifestyle , relacionamentos felizes, mas ultimamente não ando lendo opiniões que caem como uma luva na vida de ninguém. Na verdade, a maior parte não faz sentido para mim e para muitas pessoas que conheço.

Quando se trata de viajantes os artigos que mais me chamaram atenção foram aqueles que nos aconselham a namorar uma pessoa que viaje. Se a intenção era apenas ter um número de acessos estrondoso, parabéns! Eu mesma acessei várias vezes.

Se colocarmos a frase: “namore alguém que viaje” no Google aparecerão milhares de artigos, em vários websites e blogs, com diversos pontos de vistas! E vamos lá: alguns comentários são cabíveis e outros são simplesmente absurdos.

Até porque a pessoa que viaja tem que ser uma pessoa invencível que adora mato, mochila e que não tem apego a nada e nem ninguém. Afinal, o mundo não tem limites não é mesmo?

Namoro uma pessoa que foi criada passando férias em casa de parentes e amigos dos pais e que, se eu fosse levar em conta somente o mérito da criação na infância, ela teria sido uma escolha errada segundo os artigos. Até por que muitos falam que as pessoas aprendem um costume na infância e ficam eternamente repercutindo. Ouvimos boatos de tudo por aí…

Acontece que as pessoas mudam, a vida ensina, o mundo gira e ele está aí para ser explorado. Ninguém nasce um viajante nato! A gente adquire experiências e desejos de viagens ao longo da vida. E acredite, vale a pena estar sempre descobrindo algo novo, até por que a vida é curta para vivermos somente no nosso mundinho particular, não é?

Se você namorar uma pessoa que viaja, bom:

“Você vai se casar em algum lugar incomum, rodeada de poucas pessoas, mas selecionadas, em um momento construído para celebrar a aventura do desconhecido, juntos novamente. Case-se com o homem que viajou o mundo e juntos vocês farão do mundo a casa de vocês. Sua lua-de-mel não será esquecida por ter tido um jantar típico e open-bar na praia, mas será lembrada com magníficas fotos no topo do Kilimanjaro e imortalizada na dor gratificante dos músculos no final de um longo dia de caminhada.
Quando vocês estiverem prontos, vocês terão seus filhos com nomes de personagens que vocês encontraram durante suas viagens, nomes estrangeiros de pessoas que cavaram um lugar especial em seus corações mesmo que por apenas alguns dias. Talvez vocês morem em algum outro país e seus filhos aprenderão um novo idioma e costumes que abram suas mentes desde pequenos. Ele irá apresentar às crianças os livros de Hemingway, a jornada de Santiago, e encorajá-los a viver muito mais do que vocês dois.”

“Namorando uma mulher que viaja. Você vai reconhece-la pela mochila que ela sempre carrega. Ela não vai estar carregando uma bolsa delicada de mão; onde ela vai colocar seu diário de viagens, suas canetas e sua lanterna que está sempre presa ao zíper da sua mochila? Em uma bolsa pequena, como ela pode trazer o rolo de corda de viagem, os lenços umedecidos, a caixa de biscoito e uma garrafa de água que ela tem sempre em mãos, apenas no caso de alguma coisa acontecer e ela não poder ir para a casa ainda?”

Ou, você pode optar por namorar uma pessoa que não viaja, até por que essa pessoa:

“Muito provavelmente ela não conseguirá manter um emprego fixo. Ou provavelmente ela vai ficar o tempo todo sonhando em se demitir. Ela não está disposta a ficar ralando pra realizar o sonho de outra pessoa. Ela tem os seus próprios e esta trabalhando para realiza-los. Ela vira freelancer. Começa a fazer dinheiro com seus desenhos, se torna escritora, fotógrafa ou algo que exija criatividade e imaginação. E não ouse desperdiçar o tempo dela queixando-se sobre o seu trabalho chato.”

Para mim o mais incrível no perfil do viajante é o fato de ser impossível rotula-lo! Tem aquele viajante que adora acampar, outro que prefere se hospedar em resort ou aquele que ama visitar as lojas de artesanato. Há outros que só viajam para visitar museus e outros para descansar em uma praia deserta. O importante é viver o momento!

Viajar é tão simples! Simples para aqueles que buscam o novo, que dão valor à cultura e as diferenças. O que não significa que todo mundo ache simples pensar assim, não é mesmo?

E você, o que está esperando para ostentar carimbos no seu passaporte? Outra reflexão que vale a pena ser lida no blog dos meus amigos do Turismo Backpacker.

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