Monte Verde (MG), paraíso alemão em meio às montanhas

Viagem de Ano Novo para mim sempre foi obrigatória desde os 16 anos. Passei quase 12 anos indo para o mesmo local, até decidir visitar outros ares. Eu e o Júnior passamos boa parte do ano procurando algum lugar diferente, uma cidade calma, para relaxarmos mesmo. Foi quando ele conseguiu algumas dicas com amigos da academia. Monte Verde, uma cidadezinha do sul de Minas Gerais, conhecida pelo frio e por ser uma cidade extremamente romântica – perfeita para casais, e bem escondida.

Monte Verde, em Minas Gerais é uma cidade estilo alemã – parece uma mini Campos do Jordão. Toda a arquitetura da cidade é em estilo alemão, com aqueles telhadinhos de madeira. A cidade ainda estava com a decoração de natal, então, era bem comum vermos estátuas de papai Noel vestido de alemão. A cidade era bem perto do nosso hotel e dava pra ir de trenzinho ou de carro, uns 10min. De trenzinho balançava muito, mas valia a pena pelo passeio. O trenzinho estava incluso no pacote do nosso hotel, mas, para quem fica hospedado na cidade, precisa reservar com antecedência, por preços que variam de R$ 20 a R$ 30 por passeio, por pessoa.

Casinha no estilo alemão em Monte Verde, Minas Gerais  / Crédito: Viagens e Rotas

Casinha no estilo alemão em Monte Verde, Minas Gerais / Crédito: Viagens e Rotas

A rua principal é cheia de lojinhas, que vendem roupas, comida e artesanato. Vale passar nas lojas de doce para comprar compotas e o delicioso queijo mineiro, e também nas fábricas de chocolate. Outra compra boa são as cachaças artesanais, de diversos sabores. Você pode provar um pouco de cada e escolher a que mais gostar. Eu e o Jú compramos de banana e uva verde. Uma delícia! Há também as cervejas de fabricação local, com embalagens bem modernas. Nessa mesma rua há também diversos bares e restaurantes, que ficam lotados de noite. Cheguem cedo para garantir seus lugares! Recomendamos levar bastante dinheiro e cartões, pois a cidade não dispõe de muitos caixas eletrônicos.

Na época em que fomos, janeiro, até que fez calor, mas normalmente Monte Verde chega a alcançar temperaturas negativas. Vale levar roupas quentes, pois à noite a temperatura cai bastante. Praticamente em todos os hotéis da cidade há lareiras dentro dos quartos. A melhor época para curtir a cidade é julho, temporada de frio. Durante a noite, é possível ver os barzinhos lotados de pessoa se deliciando com os fondues e sopas.

Fabiola e Junior fazendo uma das trilhas de Monte Verde

Fabiola e Junior fazendo uma das trilhas de Monte Verde

Para completar o relato, vou falar um pouquinho do hotel que escolhemos para o ano novo, o Hotel Cabeça de Boi. Eu não tinha a mínima ideia de como seria o hotel, o que teria por lá, pois apenas vimos fotos no site. Quando chegamos, no dia 28 de dezembro de 2012, fomos muito bem recebidos pelos funcionários do hotel, que já foram nos dizendo a programação.

Praticando arvorismo

Praticando arvorismo

O hotel era lindo. Chalés e apartamentos espalhados, de diversos tamanhos, com muito verde ao redor. Lago com pedalinho e pesca, redes de descanso, quadras de tênis, vôlei, basquete e futebol, golf, boliche pista de caminhada, piscina aquecida e coberta, saunas, SPA para massagem, academia, paintball, arvorismo, tirolesa, patinação, bailes temáticos todas as noites…um mundo de diversão! O hotel também oferece wi-fi e TV a cabo nos chalés. Eu e o Jú ficamos em um chalé muito espaçoso, com lareira, rede e varanda. Era ótimo acordar e sentir aquele cheirinho de mato, ainda mais para quem mora em SP e vive respirando poluição. Estávamos tão empolgados que nem sabíamos o que fazer primeiro. Seria ótimo!

O hotel oferece de 4 a 5 refeições por dia, dependendo da temporada. A culinária é perfeita – eu e o Jú amamos comida mineira, então, nos deliciamos com o tutu de feijão, a feijoada, os doces, fondues, sopas, os queijos e, o mais gostoso – e claro – o pão de queijo, quentinho! Quem gosta de comer precisa tomar cuidado pra não ganhar uns quilinhos…

Nossa primeira atividade foi a caminhada. Logo no dia seguinte, fomos fazer uma trilha para um dos 2 picos da cidade: o Chapéu do Bispo, uma trilha de 3 horas aproximadamente. Havia outras também: o Pico do Selado, mais alto ainda do que o Chapéu do Bispo (mas esse não tivemos coragem de fazer), e trilhas mais fáceis, ao redor da cidade. Fica a dica: leve água, boné, óculos, passe protetor, e claro, prepare as pernas, pois a subida é longa, e também a máquina fotográfica, para registrar as paisagens. Pertinho do hotel há uma cascata, a Cascata da Siriema. Dá uns 10 min a pé do hotel e uma meia hora da cidade. Quem quiser também pode ir de quadriciclos, oferecidos na cidade por preços que variam de R$ 45 a R$ 60 a hora, por pessoa. É preciso reservar com um dia de antecedência.

Durante a estadia também encaramos a tirolesa com arvorismo. Eu nunca tinha feito nada parecido, mesmo porque tenho medo de altura e nunca fui muito fã de esportes radicais, mas me surpreendi! O arvorismo do hotel é bem grande. Tem 6 pontes de obstáculos, um diferente do outro. Para fazer o arvorismo, tivemos que vestir equipamentos especiais, capacete e luvas. Sem elas seria impossível se segurar nas cordas das travessias. O Júnior se divertiu muito filmando e tirando fotos. Já eu fiquei com medo de cair por que aquelas pontes balançavam muito!

Participamos também do paintball! Vestirmos aqueles macacões de militar, os capacetes e a máscara protetora, pegamos a nossa arma e entramos para o campo de batalha e confesso que fiquei com medo de sair toda roxa por causa dos tiros, mas foi divertido. Tomei alguns e dei vários, no final saí exausta! Muita adrenalina!

Fora todas essas atividades radicais, ainda jogamos tênis, caminhamos, corremos, dançamos todos os dias nos bailes temáticos, ficamos nas redes, fomos à piscina, à sauna… Isso sem contar a festa de ano novo, muito linda, com mesas de frutas, doces, champagne oferecido pelo hotel, queima de fogos e DJ. Dançamos até nos acabar!

Quando chegamos ao fim da viagem ficamos um tanto quanto tristes, mas felizes ao mesmo tempo, porque tínhamos aproveitado ao máximo! Valeu a pena! Para quem não quiser ficar hospedado no hotel onde ficamos, a cidade oferece diversas opções. Hospedarias, chalés, estalagens…tudo em estilo alemão. Na internet é muito fácil de achar informações sobre reservas. Boa diversão!

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