Conheci meu namorado durante o meu intercâmbio para Londres e ele sempre disse que nós deveríamos fazer uma viagem juntos. Fazíamos algumas pequenas viagens para o interior da Inglaterra, Escócia, mas ainda não tínhamos feito nenhuma grande viagem romântica. Decidimos então programar a tão esperada viagem para comemorar nosso aniversário de 6 meses de namoro.
Resolvemos fazer uma pesquisa, pois tínhamos pouco dinheiro e apenas um final de semana para fazer a viagem. Achamos um voo na Ryanair por vinte e sete euros por pessoa ida e volta para Amsterdã, Holanda, e apesar de não ser exatamente o destino romântico que eu planejava, eu sabia que a viagem seria boa, pois eu estava com ele, que já havia ido para Amsterdã algumas vezes e conhecia os melhores pontos turísticos da cidade, incluindo não só coffee shops, mas também museus e restaurantes.
Os canais da cidade são românticos e belíssimos / Crédito: Beatriz Clemente e Romain Wisniewski
Ficamos hospedados no Hostel Van Gogh, que ficava relativamente longe do centro, porém, perto do Van Gogh Museum, que era o lugar que eu estava mais ansiosa para conhecer. As paredes do hostel eram cobertas de pinturas do Van Gogh, o quarto era limpo e aconchegante, o banheiro oferecia produtos de higiene pessoal e secador de cabelo e tínhamos TV a cabo, em holandês, mas mesmo assim, achamos um luxo. Demos muita sorte, e como não era alta temporada, ficamos sozinhos em um quarto que tinha 4 beliches.
Coffeshop / Crédito: Beatriz Clemente e Romain Wisniewski
Casal aproveitando a viagem / Crédito: Beatriz Clemente e Romain Wisniewski
Resolvemos então fazer os programas culturais. A primeira parada foi o museu do Van Gogh, onde pagamos aproximadamente doze euros pela entrada e tivemos a oportunidade de mergulhar no universo de um dos meus artistas favoritos. Além das obras de arte, a lojinha do museu é imperdível, porém, um perigo para o bolso. Seguimos em direção ao centro de Amsterdã, passando pela Heineken Experience, onde pagamos quinze euros e descobrimos como são produzidas as cervejas, além de fazermos um “pit stop” pelo bar de degustação, é claro.
Visitamos também o museu Rijks, que possui diversas exposições de diversos artistas e diferentes estilos. Parte do museu estava em reconstrução, mas a arquitetura original foi mantida e é impressionante. No jardim em volta do museu, tiramos a clássica foto no monumento mutante “I amsterdam” que estava, na época, localizado nas proximidades do nosso hostel também.
Beatriz no cartão postal da cidade / Crédito: Beatriz Clemente e Romain Wisniewski
Fábrica da cerveja Heineken / Crédito: Beatriz Clemente e Romain Wisniewski
No dia seguinte visitamos diferentes coffee shops. Desde os mais turísticos, como o Bull Dog, até os mais intimistas e frequentados por locais, como o Gelderse. Experimentei um cookie de cannabis, acompanhado de um smoothie de frutas vermelhas. A combinação foi interessante, apesar de não ter sentido muito os efeitos da erva. O mais interessante dos coffee shops são as histórias por trás de quem vive desse tipo de comércio e turismo. Tivemos a oportunidade de conversar com a dona de um dos coffee shops que visitamos e descobrimos curiosidades interessantes sobre o plantio e cultivo da erva.
Passamos também pelas estreitas ruas do Distrito Vermelho. Confesso que me senti um pouco envergonhada de passar por ali. Aquelas mulheres expostas em vitrines em plena luz do dia foi um choque para mim, mas, após circular por uma ou outra ruela, acabei me acostumando com a visão. Algumas delas foram ousadas e chamaram a atenção do meu namorado mesmo na minha frente, o que me fez olhar para baixo e corar de vergonha.
As belezas da capital holandesa / Crédito: Beatriz Clemente e Romain Wisniewski
Circulamos também por muitas lojas de souvenir próximas à estação central de Amsterdã em busca das lembranças perfeitas para meus amigos e familiares. Sempre que viajo para algum lugar, compro copos de shot como recordação. Nessa viagem, incluí 4 novos: um da seleção holandesa de futebol, um do distrito vermelho, um do monumento “I amsterdam” e um com uma folha de cannabis desenhada.
Revisão de Texto – Fabíola Peleias
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