Estivemos no Zoo Luján, na província de Luján próximo a Buenos Aires (Argentina), em maio de 2011. Nunca falamos sobre o zoológico por achar as condições dos animais duvidosas, mas depois de ler alguns relatos pela internet resolvemos fazer esse post para poder alinhar alguns detalhes do que mudou na atração.

Sempre lemos relatos de maltratos aos animais do Zoológico Luján, porém nunca vimos um relato com embasamento e, por ser uma atração conhecida, achamos estranho ela ainda não ser fechada pelas fiscalizações desse segmento. Há muita especulação, mas o que levamos em conta é o que pudemos observar.

Como era o Zoológico Luján?

Em 2011, o zoológico era praticamente desconhecido. Tanto que pedimos um táxi no Centro de Buenos Aires (próximo a Rua Florida) e pagamos somente 300 pesos argentinos para ir e voltar do zoológico. Lembrando que é uma viagem de cerca de 1h, dependendo do trânsito.

Ao chegar no local, que parecia um sítio abandonado, pagamos somente 20 pesos argentinos por pessoa na entrada do zoo. Não tivemos nenhum gasto além desse, inclusive, as comidinhas que demos para os animais, foram todas de graça.

Filas? Não tinham filas, éramos praticamente os únicos no local e por isso ficamos um pouco receosos.

O passeio todo podia ser feito em 2 horas tranquilamente e não tinha tempo mínimo ou máximo para ficar na jaula com os animais.

Vale ressaltar que muitos zoológicos pelo mundo acabam recebendo animais que foram resgatados de contrabando, circos e outras atividades ilegais ou duvidosas. Animais criados fora de seu habitat natural raramente são aptos a viverem na natureza, principalmente pelo fato de vários deles chegarem com lesões e problemas que custam uma recuperação.

É aí que entra o trabalho do zoo! Muitos deles dependem exclusivamente de entidades governamentais e como tudo que é público, o dinheiro é pouco. A cobrança de ingressos em zoológicos existem para manutenção da estrutura e também para dar melhores condições aos animais. Simples assim.

Como eram os animais no Zoo Lujan?

Jaula dos filhotes de leão

Sem filas, as jaulas tinham 2 filhotes, sendo que um estava dormindo e outro, acordado, foi o que veio até a gente. Foi a única atração em jaula que tinha um fotógrafo do zoológico à disposição. Chegamos a comprar 4 fotos por 40 pesos – sendo três com o filhote de leão e uma no dromedário.

Filhote de leão no Zoológico de Lujan / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Filhotes de leão no Zoológico de Lujan / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Área do urso

O urso era separado dos visitantes com uma cerca elétrica e era possível alimentá-lo. Estava solto usando uma coleira.

Urso no Zoológico de Lujan / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Área dos elefantes

Os elefantes também ficavam separados com uma cerca elétrica e o visitante podia dar maçãs para ele. O funcionário do zoológico dava o comando e o elefante pegava a maçã da nossa mão. Claramente, os animais eram treinados.

Elefante no Zoológico de Lujan / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Foi um dos mais assustadores por que, na ocasião, ele pegou um tufo do nosso cabelo, de tão perto que estava.

Área do dromedário

Era possível dar uma volta no dromedário – valor ainda incluso nos 20 pesos que pagamos para entrar no zoo – e eram feitas fotos em cima do dromedário pelo funcionário do zoológico.

Foto do fotógrafo do Zoológico de Lujan / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Jaula dos tigres novos

Visitamos a jaula de um tigre com pouco mais de 8 meses de vida. Os funcionários disseram que ele era manso por que foi criado desde bebê no local. Pudemos dar leite para ele e ficamos um tempo conversando com a funcionária do zoo sobre o tigre. Ela comentou que eles só tomavam leite porque ainda eram novos.

Tigre novinho no Zoológico de Lujan / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Leão sonolento

O leão foi o que mais nos deixou impressionadas por que não estava dormindo, mas mal conseguia abrir os olhos. Ele ficou na mesma posição em todo o tempo que ficamos no zoo. Era possível tirar fotos com a nossa câmera fotográfica, mas não podia encostar de forma alguma no animal.

Leão acordado, porém sonolento no Zoológico de Lujan / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Leão acordado, porém sonolento no Zoológico de Lujan / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Jaula dos tigres de bengala

Tinham cinco tigres andando pela jaula – alguns estavam comendo. Quando chegamos, o funcionário do zoo colocou um deles em cima de uma plataforma e nos chamou para entrar.

Enquanto tirávamos fotos com o primeiro, os demais ficavam nos rondando. Eles estavam acordados e tomamos uma boa distância deles. Vale ressaltar que tinham diversos cuidadores na jaula.

Jaula dos tigres no Zoológico de Lujan / Crédito: Ana Elisa Teixeira

Tigres no Zoológico de Lujan / Crédito: Ana Elisa Teixeira

O que mudou no Zoológico Luján?

Gostaríamos que você, leitor, pudesse nos oferecer suas experiências e seus comentários sobre o que mudou no zoológico desde que fomos em 2011.

As denúncias pela web são diversas sobre a dopagem em animais. Dopados ou não, o que temos que levar em conta é que são animais enjaulados, fora de seus habitats naturais e de seus hábitos comuns. Até porque não são animais de estimação. E aí, vale a pena a experiência?

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