Inhotim: roteiro de dois dias pelo principal museu a céu aberto do Brasil

Inhotim não pode ser considerado somente um passeio, mas sim um destino completo. Ouvimos falar muito deste museu a céu aberto e como ele era incrível. Mas, nada se compara a sensação de estar lá.
Nós já fomos com a expectativa lá em cima e, chegando lá, a gente viu que essa expectativa era totalmente coerente e que poderia ser mais do que dobrada. É difícil descrever Inhotim em palavras. Tem que ir. Tem que vivenciar. Tem que se permitir.
Com a decisão de visitar Inhotim vem as dúvidas!  Quantos dias visitar? Onde ficar? Qual é o melhor roteiro pelas galerias?  Então, vamos começar por essa logística. Digamos que a ideia é chegar em Inhotim  às 9h30 e sair às 16h30 (ou às 17h30 horário dos finais de semana).

Crédito: Alexandre Martins

A hospedagem com certeza deve ser em Brumadinho, cidade onde fica o museu. A gente indica a Pousada Dona Carmita a 4km de Inhotim. Por quê ficar em Brumadinho? A facilidade e o contato com a região.
Durante semana a opção de alimentação fora de Inhotim é bem ruim, mas ainda sim, vale a pena ficar na cidade pela proximidade com o museu. E pousadas, como a Dona Carmita, são bem aconchegantes e já dará para vivenciar um pouco o local.

Quantos dias é necessário para visitar Inhotim?

Tendo o passe para usar o carrinho de transporte interno (valor de 30 reais por pessoa), em 2 dias inteiros é possível conhecer todo o completo e todas as galerias.  Se for optar por fazer tudo a pé, o ideal são 4 dias.
Se estiver com o carrinho e quiser mais calma e tranquilidade, 3 dias é uma opção.
Quanto menor for o seu conhecimento nas obras e galerias propostas em Inhotim, maior será seu deslumbramento. A ideia é visitar as galerias sem julgamentos, paradigmas ou expectativas. Vivencia-las como algo novo é o que faz com que tudo seja mágico. Sem contar as passagens pelos Jardins Botânicos, que fazem Inhotim ser tão especial.

Crédito: Alexandre Martins

…cheguei em Inhotim e agora?

Nosso roteiro foi definido pelo mapa entregue logo na recepção do museu. Olhamos o mapa dividido em rotas: Amarela, Rosa e Laranja e decidimos fazer o caminho.
O segredo é não se prender a uma caminho específico. Veja o mapa, olhe o que mais parece te agradar e se permita a fazer seu próprio roteiro. A gente optou por fazer Amarelo, Rosa e Laranja, mas em alguns momentos oscilamos entre Amarelo e Laranja. A rota Rosa, por ser menor, é mais fácil de terminá-la de uma vez só.

Crédito: Alexandre Martins

Na nossa opinião é essencial pegar o transporte interno para as obras mais longínquas (com um valor de R$ 30 por pessoa). Tem muitas subidas que cansam muito entre uma obra e outra e te fará perder tempo. Engana-se quem acha que com o carrinho não dá para vivenciar Inhotim.

Crédito: Alexandre Martins

 O museu…

Tudo é encantador e por isso resolvemos dividir esse post pelas nossas prediletas e algumas curiosidades gerais de interação entre as obras. Afinal, nada do que falarmos será suficiente, se você não estiver lá para ver com os próprios olhos.

Prediletos do Alexandre

Sonic Pavilion, Doug Aitken (Rota Rosa)

Você sabia que é possível ouvir o som da Terra? Há um furo de 200  metros de profundidade no solo, para nele instalar uma série de microfones e captar o som da Terra. E o som é transmitido em tempo real.

Crédito: Ana Elisa Teixeira

Folly, Valeska Soares (Rota Laranja)

Dentro de um espaço que parece um coreto, a artista transmite alguns traços de fantasia. Ao entrar você se depara com uma série de espelhos no qual se vê refletivo de diversas formas e, nesses espelhos, são refletidos um casal de dançarinos ao som da canção “The look of love” de Burt Bacharach.

Crédito: Ana Elisa Teixeira

Galeria Adriana Varejão (Rota Laranja)

Além de ser uma galeria linda por fora, as obras Adriana Varejão são voltadas para pintura em azulejos. Um mergulho a abstração, a ruína, o monocromatismo, a violência, a história, a arquitetura, entre outros.

Crédito: Ana Elisa Teixeira

Crédito: Ana Elisa Teixeira

Prediletos Ana Elisa

Vegetation Room, Cristina Iglesias (Rota Laranja)

Nada mais do que um quatro dentro de uma clareira da mata de Inhotim.  A obra consiste em uma estrutura espelhada e imersa na natureza. Dá uma paz interessante entrar dentro do “quarto”.

Crédito: Alexandre Martins

Ahora juguemos a desaparecer, Carlos Garaicoa (Rota Laranja)

Retrata a experiência urbana em Havana, cidade natal do artista. As velas mostram a modernidade tardia ou paralisada entrando em ruínas. Ciclos se encerram e outros começam.

Crédito: Ana Elisa Teixeira

Desvio para o Vermelho, Cido Meireles (Rota Amarela)

Arte contemporânea no qual toda a obra é vermelha. É impressionante a tontura que dá depois de um tempo olhando cada detalhe vermelho. Ficamos deslumbrados na real.

Crédito: Ana Elisa Teixeira

Obras interativas

Piscina, Jorge Macchi  (Rota Laranja)

Piscina é a realização escultórica de um desenho que o artista fez de uma caderneta de endereço com índice alfabético. No caso, o índice de A-Z é a escada da piscina. Ela tem 1,80 de profundidade. E você, ao visitar poderá entrar dentro e aproveitá-la.
Tem vestiário para trocar de roupa, mas o museu não disponibiliza toalhas. ⠀

Crédito: Ana Elisa Teixeira

Galeria Cosmococa, Hélio Oiticica (Rota Laranja)

É uma obra voltada para experiências multisensoriais. Redes, colchões, bexigas e até uma piscina interna com luzes com temperatura de 14 graus.
Tem vestiário para trocar de roupa, mas o museu não disponibiliza toalhas. ⠀

Crédito: Ana Elisa Teixeira

Nossas prediletas ao ar livre

Viewing Machine, Olafur Eliasson  (Rota Laranja)

Um caleidoscópio lindo que gera um efeito obtido pelo reflexo da luz em seis espelhos que formam um tubo hexagonal. Dá para ver a natureza e também nós refletidos de uma forma bem diferente.

Crédito: Alexandre Martins

Crédito: Alexandre Martins

Elevazione, Giuseppe Penone (Rota Laranja)

Uma das obras que mais amamos em Inhotim!  A grande árvore de metal está presa ao chão por pés de aço e, plantadas ao seu lado, estão cinco outras árvores que, ao longo dos anos, irão crescer e se aproximar da escultura. Uma ideia genial que vai ficar ainda mais incrível enquanto os anos passam.

Crédito: Alexandre Martins

Narcisius Garden, Yayoi Kusama Nagano (linha rosa)

São 500 esferas de aço inoxidável flutuando sobre o espelho d’água do Centro Educativo Burle Marx. Assim cria formas que se diluem e se condensam de acordo com o vento e outros fatores externos e refletindo a paisagem de céu, água e vegetação. É um verdadeiro espetáculo.

Crédito: Alexandre Martins

Onde comer?

Só dá para almoçar dentro de Inhotim. O mais em conta é a Hamburgueria que custa R$28 o hambúrguer e fica na Rota Laranja ou o restaurante Oiticica com refeições self-service a R$ 43/kg nos dias de semana e a R$ 49/kg nos fins de semana que fica na Rota Rosa.

Crédito: Alexandre Martins

Crédito: Alexandre Martins

O restaurante Tamboril é o mais sofisticado por R$79 por pessoa com menu completo e bebidas a parte e fica na Rota Amarela. Também há cafeterias e até açaí. (Rota amarela e recepção) 
A gente comeu no Tamboril e na Hamburgueria e gostamos muito. Tudo muito bem feito e delicioso.

Crédito: Alexandre Martins

Crédito: Alexandre Martins

Os restaurantes ficam aberto até às 16h de terça a sexta e aos finais de semana e feriados até às 17h.

Dicas utéis

  • Estacionamento é gratuito.
  • Há bebedouro em diversos pontos, então basta levar uma garrafinha vazia e enche-la sempre que possível
  • Tem pontos de recarga de celular em muitos pontos, principalmente próximos às estações do transporte interno. Por isso, não precisa trazer power bank, somente o dispositivo para carregar o aparelho.
  • Há 120 bancos feitos de árvores mortas do designer brasileiro Hugo França. Cada banco é uma beleza diferente e é impossível ficar cansado demais, por que tem banco em todos os lugares.

Crédito: Viagens e Rotas

…e o preço?

Entrada R$44 por pessoa e meia-entrada custa R$22.
Carrinho interno custa R$30 por pessoa. Se quiser um exclusivo o valor é de R$500.
Às quartas-feiras a visitação é gratuita!

Crédito: Viagens e Rotas

Como chegar em Inhotim?

De carro de Belo Horizonte 

Sair de BH pela BR 381 (Fernão Dias), sentido São Paulo. A saída para Brumadinho/Inhotim não é bem sinalizada, e por isso é bom ter um GPS para uso. A única placa que tem indicando Inhotim fica embaixo do viaduto. Ou seja, não dá para enxergar vindo da Fernão Dias. O trajeto BH a Brumadinho é de cerca de 1 hora.

Se quiser fazer outro caminho, a opção é ir pela BR 040 (BH – Rio de Janeiro), depois de passar por Nova Lima (MG) você pegará a Serra do Rola-Moça ou pela Serra da Moeda. A partir de Casa Branca haverá sinalização para Brumadinho e o Inhotim.  A Serra é muito bonita e vale o passeio, mas o trajeto é mais longo.

A revista digital e blog Viagens e Rotas visitou o museu com cortesias de Inhotim.

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Mais informações no site de Inhotim. Também existe um aplicativo gratuito para uso dentro de Inhotim com o slogan “Sinta Inhotim”.

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