Dia Internacional da Mulher: como vivemos como mulheres viajantes?

Todo ano com a chegada do Dia Internacional da Mulher vem algumas reflexões do espaço feminino no mundo. As vezes parece que avançamos, mas em outros momentos a impressão que dá é que a luta é constante. Por espaço, reconhecimento e mais oportunidades.

Nesse post vou tratar do tema viajar sozinha sendo mulher e relatar algumas experiências que passei ao longo desses 7 anos de blogue.

Para mim viajar sozinha dá uma sensação de liberdade interna muito interessante, mas ao mesmo tempo me faz me deparar com alguns desafios.

Se eu falar para alguém que gosto de viajar sozinha, vou estar mentindo. Eu tenho necessidade de compartilhar o momento da viagem com alguém. Se eu pudesse escolher, sempre viajaria acompanhada. Mas, não descarto possibilidades de ir sozinha. Inclusive já fiz muitas viajantes sozinha que foram muito importantes.

Crédito: Ana Elisa Teixeira, Viagens e Rotas

Preconceito com a mulher viajando sozinha existe

Os familiares serão os primeiros a julgarem quando você for falar que vai viajar sozinha pra algum lugar. Sempre vão indagar do porquê não levamos um amigo e, se for um homem, melhor.

Se formos perguntar o motivo da preocupação, vão falar que é por uma questão de segurança! E se formos pensar, as pessoas estão certas de querer nossa segurança. Simplesmente pelo fato do mundo não estar seguro!.

No fim, muitas mulheres deixam de ter essa experiência pelo julgamento alheio e pelo medo que o mundo transmite pra elas.

Talvez o ideal seja definir um roteiro seguro…

A escolha do destino e do tipo de viagem que vai fazer é fundamental. Principalmente nas primeiras vezes que optar por uma viagem solo. As minhas viagens internacionais mais marcantes foram solo e me abriram perspectivas de vida que acredito que não teria se tivesse ido acompanhada. Isso tudo aconteceu, mesmo eu tendo de compartilhar esses momentos com alguém!

Estive com o Alexandre na nossa lua de mel em Dubai por menos de 24 horas e confesso que não me sentiria segura sozinha lá. O que é bizarro, visto que estamos falando de um país super aberto à inovação e tecnologia. Mas, que tem uma questão religiosa que afeta mulheres de uma forma muito intensa.

Burj Khalifa / Crédito: Alexandre Martins

Não me senti a vontade com olhares, não me senti a vontade ao ser ignorada por ser mulher. São coisas que vivendo no Brasil a gente não imagina que pode passar lá fora.

Então, definir um roteiro seguro para mulheres é importante. Opte por locais que tem uma crença aberta e que você possa fazer passeios que exijam grupos. É importante avaliar isso com cuidado.

Assédio durante uma viagem é real!

Infelizmente o assédio acontece todos os dias e em todas as partes do mundo. Ele é real!

Passei por uma situação de assédio em Grasse, cidade do perfume na França de forma muito rápida.

Por morar a vida inteira em São Paulo sempre fico atenta com tudo que acontece em minha volta. Desconfio de tudo e todos e nunca passei por uma situação em São Paulo que pudesse me constranger ou me deixar desconfortável. Sempre ando na rua de peito aberto e com os olhos nas costas, se for preciso.

E por sempre me defender muito bem, nunca imaginei que passaria por uma situação de medo em uma pequena cidade francesa. Em um país que me sinto segura, principalmente por falar a língua.

Estava em uma excursão da escola de francês em Grasse, me dispersei propositalmente da turma e comecei a andar sozinha pelos becos da cidade, de forma aleatória. Depois de uns 10 minutos que estava andando, me senti cercada por mais ou menos uns 5 homens em uma bifurcação entre os becos. Eles não fizeram nada, apenas me olharam com uma fisionomia estranha e provavelmente, dois ou três deles eram muçulmanos, pois estavam com os trajes típicos. Fizeram um circulo comigo no meio e ficaram simplesmente me olhando. E eu fiquei ali imóvel e sem nenhuma reação.

Crédito: Ana Elisa Teixeira, Viagens e Rotas

Nesse momento, em uma loja logo à frente, um homem surge e me chama para pegar algo na loja, como se fossemos conhecidos. Quando percebi que ele estava me salvando, respondi de volta fingindo que o conhecia e a rodinha se desfez para que eu passasse!

Entrei na loja ainda em choque e o homem disse que era para eu tomar cuidado e não ficar andando sozinha ali. No fim, alguns colegas da turma apareceram por lá em grupos e eu saí do local. Depois ficou a dúvida, e se o homem não tivesse me chamado? Qual seria esse desfecho? O estranho é que em um momento desse até a ideia de gritar ou correr some da sua cabeça. Você só fica ali imóvel esperando tudo sumir.

A verdade é que viajar sozinha pode ser incrível. Minha experiência na França apesar disso, foi incrível! Tenho uma saudade imensa e faria tudo de novo milhões de vezes sem pensar. Mas, teria mais cautela. Ficaria mais atenta.

O importante é se planejar de uma maneira que possíveis fatalidades como essa não ocorram.

E, você já passou por um constrangimento em uma viagem por ser mulher? Conte pra gente!

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